sexta-feira, 25 de setembro de 2009

YOGA - OS 3 GUNAS

Os 3 Gunas da Yoga - Satwas, Rajas e Tamas


Em yoga tudo é alimento. E esse alimento chega a nós através de 3 vias principais. O alimento físico (comida) o alimento energético que recebemos através das impressões dos 5 sentidos (paladar, olfato, tato, audição, visão, + o 6º sentido levando-se em conta a intuição) e o mais importante de todos que é o prana. (Prana em sânscrito quer dizer Energia Vital). Trata-se do alimento que consumimos através do Ar e da atividade respiratória. Estudamos a energia anímica de uma maneira bastante simples, porém muito interessante.

Tudo em yoga provém da energia cósmica antes de se tornar matéria e essa energia ou Gunas, está dividida em 3 principais formas de manifestação que se chamam “Satwas” (energias puras), “Rajas” (energias híbridas ou mescladas) e “Tamas” (que são as energias em estado de putrefação). Essas energias estão em tudo, são tudo, ou melhor dizendo tudo o que existe em termos energéticos e materias é resultado da mistura ou proveniente da realidade de “Satwas, Rajas e Tamas". Isso vale para os alimentos físicos (comida) vale para a energia dos pensamentos, dos ambientes, tudo o que é vivo e está animado, está sujeito as vibrações originais emanadas dos Gunas.


Exemplos de alimentos Sátwicos são: O leite, as folhas, os grãos, tudo que for integral, os frutos, as raízes, as sementes, a água, os sucos entre outros alimentos puros. Rajásicos são os alimentos considerados estimulantes ou depressores em diferentes níveis. São esses: Chá, café, chocolate, certos tipos de raízes, fumo e álcool de forma moderada, açúcar mascavo, farinha integral entre outros. E são exemplos de alimentos Tamásicos os fermentados, as carnes, certos tipos de queijos, fungos, excessos ou vicio em álcool e fumo, açucares refinados, açucares brancos, farinha branca e ou refinada, doces, industrializados. Tudo o que pode ser considerado podre por estar morto ou alterado seja por agentes naturais ou externos É Tamas.


Mas essas energias se manifestam em tudo. Manhã tarde e noite são exemplos energéticos de Satwas, Rajas e Tamas. A pureza e silêncio da manhã, os pássaros e a natureza durante esse período representam a paz de Satwas, assim como a tarde mesclando seus elementos de treva e luz representa Rajas e a noite através de suas energias de excitação, desafio, mistério e esgotamento físico, representa o reino de Tamas. Na música podemos usar a musica clássica, o rock n´roll e o heavy metal como exemplos de Satwas, rajas e tamas.
Na maneira como respondemos uma provocação, nossas reações, a forma como desejamos. Tudo isso está impregnado das realidades de Satwas, Rajas e Tamas.

                                                                               Uma pessoa saudável (ao contrario do que acreditava eu antes de conhecer a Índia) deve ter os seus 3 Gunas em equilíbrio. Uma pessoa com excesso de satwas em sua dieta física e mental, pode sofrer das mesmas enfermidades e demências que uma pessoa imersa em tamas. Equilibrar o Rajas é a maneira mais fácil e a via mais segura para se manter harmônico e em equilíbrio com a realidade energética do nosso planeta.

Nutrir Satwas, perceber Rajas e identificar Tamas.


Antes de conhecer a Índia ao vivo, nutria centenas de idéias românticas sobre a Yoga, a Ayurveda, e os Gunas. Até que em meus primeiros minutos em Nova Delhi flipei, não entendi mais nada. Aquela nação que eu idolatrava pelo seu desapego e conhecimento milenar vivia num ambiente que cheirava uma mistura de incenso, merda e frutas (rajas, tamas e satwas), não acessava aquele conhecimento milenar para sanar suas enfermidades e apesar de quase não ter dentes na boca, sorriam um sorriso franco e sincero, digno de um homem que emana felicidade. Conheci pessoas de dieta totalmente sátwica no aspecto alimentar e energético que sofriam o mesmo mal hálito, as mesmas desnutrições, megalomanías e demências que pessoas de costumes tamásicos.

Logo eu entendi que o fundamentalismo positivista é tão doentio e anormal quanto o fundamentalismo negativo. Ali entendi por que Budha criou o Mahayana, que significa caminho do meio. Naquele momento entendi Jesus Cristo na passagem em que diz a Pedro ou algum outro discípulo: “O mal não é o que entra pela boca do homem, mas o que sai dela”. Como disse Nelson Rodrigues: “Toda Unanimidade é burra”, logo ser diplomata com os seus desejos e com as energias dos gunas é a melhor maneira de se manter protegido e saudável. Seja feliz fazendo tudo o que gosta, mas aprenda desde sempre a fazer concessões. Seja político com o Cosmos.
Tenham um bom dia:

Namastê,


R.M. Médico Animósico – setembro 2009

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